Carta aberta ao grande amor da minha vida

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Uma das coisas que mais admiro em você é a sua capacidade de ir. Confesso que ainda me assusto com o seu jeito desprendido de levar a vida, mas acho lindo ver você dançando conforme a música. Se a batida é forte, você se assusta, mas aprende a dançar; se é lenta, você se incomoda porque precisa de emoção. Sagitarianos, tão previsíveis com o modo autentico de seguir em frente, sem amarras, sem malas, sem olhar para trás. Sem medo de ser feliz. Só não aceita ficar parado. Fixo. Estático. De resto, o sagitariano encara tudo, até tapa na cara.

O que mais admiro em você é a sequência de tropeços vividos com sorrisos no rosto. Rir de si mesmo talvez nunca tenha sido um problema. Você aprendeu rápido a viver o lado chato da vida adulta. Encarou cada problema de frente. Encarou até mesmo estirado no chão os tombos caídos. Gargalhou e não deixou-se abalar.

Minto.

Se abalou muito em cada situação desagradável que viveu. Sofreu porque não é dessas que vive no raso. Cada encontro, um mergulho de cabeça. Cada onda despercebida, um desencontro. Já se afogou em tanto sentimento depositado nas mãos dos outros. Sim, já se afogou até na forma literal. Quase te perdi. Sobreviveu: ao mar revolto de água salgada e ao mar da vida, que na forma figurada traz várias marés ao longo do dia.

O que mais admiro em você é essa intensidade aplicada a tudo na vida. Nada tem que ser sem importância. Tudo precisa de bastante sentimento. Te admiro tanto pela força, pela garra, pelo amor e por desistir… Desistir é uma coisa tão difícil de fazer. Tem quem diga que isso é para os fracos. Eu discordo porque sou alguém que tem medo de abrir mão das coisas que me fazem mal. Não tenho coragem, mas aprendo com você a, pelo menos, tentar desistir daquilo que não faz sentido.

O que mais admiro em você é a sua capacidade de voltar.